quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Micro-cosmos

Lúcia era uma garota bonita, ainda que não se admirasse. Mas precisava encontrar-se. Sentada na varanda, aos pés do avô, questionava:
– Vô! É verdade que minha mãe morreu sem dizer quem era meu pai?
– Sim, Lúcia. Por mais que eu insistisse, ela sempre dizia que não sabia.
– Ele devia ser bonito, né?
– A julgar pela sua cara e a feiúra da sua mãe, com certeza...
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É impressionante a ingenuidade do Marcelo. Dia desses, escutando música na sala, toca o telefone:
– Alô!
– Alô! Maria Amélia é esse telefone mesmo?
– Sim... É minha mãe...
– Ah! Certo... quem está falando?
– É o filho dela, ué!
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– Você não me ama!
– Claro que amo... Pare com isso...
– Mentira. Eu vi o que você fez com a Salete... Pensa que eu sou cega?
– O que eu fiz?
– Acha que eu sou boba?
– Não... Só não sei o que foi que você viu.
– Você ama a Salete... Eu sei! Você só tem olhos para ela!
– Para de se compara com sua irmã! Ela precisava comprar um presente pro namorado. Toma filha! Pega esse maldito cartão e some daqu!
– Brigada Pai, você é demais... Te amo.
– Sei, sei.. Também te amo Giquinha.
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– Pega coxa e sobre-coxa!
– Claro! Alguma vez você me viu escolher outra coisa?
– Vai que você resolve levar peito dessa vez...
– Eu sei que você não come peito.
– Então compra coxa e sobre-coxa...
– Já peguei! Agora para de falar se não eu vou lá e troco por peito...
– Mas eu não gosto de peito!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Das possibilidades...


Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
(Mário Quintana)



A – Começa às cinco e meia. Vamos?
B – Não. Já disse que não embarco nessa outra vez.
A – Reacionário!
B – Que diferença te faz minha participação? Não seria melhor gastar energia procurando meios de defender seu ponto de vista lá na assembléia? Vá! Deixe-me e gaste seu tempo como quiser. A mim, convém continuar aqui. Tenho a impressão de que meus dilemas hoje se resolvem na voz do Quintana.
A – Sim? Aí está algo que me agradaria entender...
B – Não percebeu ainda? Logo você, “entusiasta” do saber crítico. Lembra-se da última assembléia? Não viu o resultado prático? O que aquelas vozes todas em uníssono apregoavam era um “não” único e inquestionável. Houve acaso diálogo sincero? – Olha pra mim! Foi você quem começou! Agora escuta! – Lembra ou não? Uma torrente de revolta canalizada em “braços dados” valha-me Deus! Quase nada de debate, e um exagero de palavras de ordem que minavam qualquer tentativa de posicionamento pessoal. Sob o risco de não comparecer e ser obrigado a ouvir, depois, pessoas como você tachando-me reacionário, como fazem sempre, fui àquela assembléia. Certo é que perdi um tempo precioso na busca de respostas. Mas valeria ter aqui ficado, ouvindo o que a poética tinha a dizer. E tem muito! Por que não experimenta um “Alberto Caeiro” de vez em quando? Ele tem respostas que nem o mais sedento “perguntante” busca. Te ajudaria a entender esse mundo degradado em que a gente vive...
A – Não te valeu estar a par dos problemas que assolam a Universidade? Não te parece válido que jovens levantem a bunda da cama que a mamãe comprou pra tentar resolver um problema que também é seu, enquanto você fica aí, perdido em “filosofia rimada”? Sou capaz de acreditar que você adora o estabelecido? Burguesinho medíocre. É por filhinhos-de-papai como você que o movimento continua lutando. Você deveria aprender com a gente? Se não fossem as incontáveis porradas na cabeça que estudantes vêm levando desde os anos 60, talvez você nem pudesse estar aqui, dizendo asneiras?
B – Tolo... Não é a luta que me desagrada. Há muito de verdadeiro e honesto em tudo isso. Mas a verdade e a honestidade são, a todo o momento, bloqueadas pela voz do grupo. Creio na opinião como creio na estética. Mas há de fato opinião? É possível que dizeres particulares encontrem voz no meio do “movimento”? O que me desagrada é saber que estudantes são transformados em massa de manobra para que uma meia dúzia de pretensos revolucionários ascenda ao poder que tanto critica. Não sou eu que vou levantar minha mão em nome de uma escalada que não é a minha.
A – Você poderia deixá-la abaixada! E convencer outros alienados como você a fazer o mesmo?
B – Não banque o ignorante, você é melhor que isso. Acaso é alienação toda essa nossa discussão? Não vou, nem faço questão de criar seguidores. Não sou dono da verdade. Mas, a minha me basta.
A – Não vê a contradição em que se coloca? Você questiona e critica o movimento. Mas não opina em contrário. Goza as melhorias que os estudantes conquistaram, enquanto critica o trabalho deles. Se te desagrada o nosso projeto, porque não propõe algo novo? É de vozes “críticas” como a sua que o movimento estudantil precisa.
B – Vou fingir que não percebi a ironia das suas palavras...
A – Vá! Diga a todos o que tem me repetido aqui – me parece que você nem tem certeza disso.
B – E quem disse que é de certezas que precisamos? A certeza é o fim do debate! Coisa que não se vê nessas assembléias. Você fala em contradição. É óbvio que é contraditório. Na nossa sociedade, parece que a liberdade só se constrói sendo “reacionário” ou “revolucionário”. Ser “ário” nenhum, ou ser tantos outros, não seria uma liberdade mais real, embora menos palpável? Você fala em defesa da liberdade como “fim” máximo e absoluto da disputa estudantil, e sequer me dá o direito de escolher ficar aqui em casa, libertando-me por vias outras, que não as de sempre. É contraditório porque estamos embebidos na necessidade das respostas prontas. Qual é o problema em não ter respostas prontas? Qual é o problema em libertar-se pelo vôo solo, pela não-resposta? Problema algum, a mim parece... E se há problema, não é menos triste que a eterna obrigação de escolher sempre entre o “sim” e o “não”. Lembra daquela quadrinha do Quintana que eu escrevi lá no muro do quintal? Vai menino, vai “passar” com os outros, eu já “passarinho”, e nem sei se me liberto mais... Bom, talvez...
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Image Hosted by ImageShack.usLerdo, em suas viagens, passou por várias cidades universitárias. Em todas elas, deveria ter presenciado diálogos muito parecidos com esse, com variações apenas no sotaque. Mas não presenciou.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Top-Top

Não sou de reclamar de minhas atribulações. Mas é natural que, dando aula em quatro colégios e fazendo faculdade, tempo não seja artigo abundante. Ocorre que, no fim de Novembro, acumulam-se: reuniões pedagógicas, redações, trabalhos, semanas de provas, aulas de revisão, além de provas, trabalhos e seminários na faculdade. Está difícil parar para pensar no que escrever. Então, como sei que sempre aparece alguém aqui, resolvi postar algo diferente - para mim, não para os blogs em geral. Sempre fui viciado em Listas, mas nunca fiz. Vamos lá:

TOP10 - Cenas que não canso de rever:

1. Magnólia - Wise Up: Quando todos os personagens interrompem as próprias histórias para um desabafo coletivo que vai além da simples quebra de verossimilhança. Um dos inúmeros motivos que tornam esse o maior filme de minha vida (1999 - Paul T. Anderson).



2. De Volta para o Futuro 1- Johnny B. Good: Ponto alto do primeiro filme da trilogia mais gostosa e viciante da história do cinema. Marty enfim faz sucesso com uma guitarra na mão. Ou não! Para quem entende inglês, ainda há tiradas ótimas (1985 - Robert Zeminsky).



3. O Iluminado - O carrinho pelos corredores: Montagem e direção simplesmente implacáveis, em uma cena macabra com o final avassalador. Ainda hoje sufocante e assustadora (1980 - Stanley Kubrick).



4. Psicose - Cena do Chuveiro: A maior aula prática de como se criar uma cena de suspense memorável. Trilha sonora, edição ágil, o assassino sempre nas sombras. Presente de um Deus do cinema (1960 - Alfred Hitchcock).



5. Scarface - Diga alô pro meu amiguinho: Um resumo de tudo o que foi feito - e de tudo o que seria feito - em termos de filmes de Gângster descentes (1983 - Brian de Palma).



6. Pulp Fiction - You never can tell: Um lado humano, mas não menos despudorado, de um gângster. Sacada de gênio, completada pela ótima trilha sonora e a volta triunfal do eterno rei da disco, John Travolta (1993 - Quentin Tarantino). Assista.

7. Grande Ditador - O discurso cômico: Tão bom quanto o discurso final proferido pelo barbeiro, aqui temos Hynkel falando ao povo da Tomânia. Hilária cena carregada de sagazes críticas aos totalitarismos da primeira metade do século (1941 - Charles Chaplin). Assista.

8. Blow UP - Tênis sem bola: Como rebater toda a melancolia humana, a difícil inclusão no tempo/espaço social e a falta de valores que assola os jovens? Tudo isso sem ser piegas? A resposta pela arte, o jogo de máscaras (1967 - Michelangelo Antonioni). Assista.

9. Exterminador do Futuro - T1000 no chão quadriculado: Quem foi jovem no início dos anos 90 com certeza ainda se arrepia com essa cena, entre tantas outras espetaculares. Efeitos especiais incríveis, quebrando paradigmas cinematográficos (1991 - James Cameron). Assista.

10. Os Saltimbancos Trapalhões - Hollywood: Performance hilariante desse grupo de comediantes que marcaram o cinema e a televisão brasileira. Trilha sonora de Chico Buarque e uma Lucinha Lins inspirada (1981 - J. B. Tanko). Assista.

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Talvez eu retorne com outras listas no futuro. Por enquanto é só matador-de-tempo e atualizador-de-blog. O fato de haver canções do Chuck Berry como fundo de duas das cenas não é mera coincidência.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Enlacemos as mãos

Lembro de estar sentando na calçada, esperando minha vez e, ao ouvir a moto de meu pai se aproximando, correr para o meio da rua, antes que ele pudesse perceber. Gritava ao garoto com a bola que a me entregasse urgente. Dominava-a desajeitado e corria em direção ao gol. Meus amigos jamais se opuseram a que eu passasse por todos eles sem qualquer resistência. Com meu pai já próximo, eu chutava e o goleiro fingia um movimento espalhafatoso parecendo tentar defender. Gol feito e eu, tomando o cuidado de observar se meu pai via a cena, corria comemorando: "É de Pelé!". E ele respondia antes de desligar a moto que eu continuasse assim, mostrasse a eles, meus cúmplices, veja só! Nenhum deles – nem um de seus pais, sabedores da trama – se atrevia a dizer algo. Carência não se explica, mas dela se sente pena. Meu pai era um homem ocupado, algo que eu me negava a entender. Assim eu dizia aos que questionavam sua eterna ausência. Não aparecia sequer para meu futebol de rua nos domingos de tarde.

Estive a considerar essa história. Risquei-lhe os traços cômicos, amigo. Para a tragédia as pessoas dão o devido valor. Não poderia minha história ser tachada brincadeira. Conto-lhe ainda comovido. Mas não me atrevo a interpretá-la. O que eu queria afinal com aquela encenação? Sabia de antemão o resultado, um grito de longe que já de há muito nem sequer arrepiava meu coraçãozinho. No entanto, eu martelava a mesma farsa dia após dia. Em vão. Tinha cinco, ou seis anos apenas. Incrível como o tempo demora a passar quando ele nos erra! E eu estou aqui: Doutor César Augusto, quem diria? Toda a minha juventude a mesma mentira. Respostas não tenho, não vale a pena.

Meu pai morreu há dois anos. Teve, ao menos, tempo para conhecer meu filho. Meu filho. Esse não sofrerá como eu. Não é justo. Quando se aprende a levantar, é preciso ajudar outros caídos. Sei que sim. Se eu puder, meu filho jamais cairá, não naquela intriga, naquela falácia, aquela euforia emprestada que eu me esforcei para chamar de infância feliz. Olha, talvez você jamais entenda isso, esse seu coração... O meu carecia de um "bater" que não era dele. Por isso sinto falta daquela rua, lá tive verdadeiros amigos, que, sem saber o porquê, tentavam dar-me vida. Como eu gostaria que esse seu coração pudesse bater forte como o motor daquela moto que eu esperava aflito, mas está você aí... Se tudo der certo, prometo visitar você, levarei meu filho, jogaremos bola e teremos vida. Mas me dê licença agora, que meu celular está tocando. Veja só, é minha esposa. Ela deve estar preocupada, afinal, estou a mais de trinta horas aqui nesse hospital. Vou chamar a enfermeira para te acompanhar.

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Image Hosted by ImageShack.usLerdo ouviu esse monólogo quando visitava crianças em um hospital de Florianópolis. Soube de um médico que conversava com os pacientes do pós-operatório, quis conhecê-lo. Mas o médico precisou voltar correndo para casa. Seu filho havia sido campeão no futebol e queria comemorar com toda a família. Nosso furgão ficou ainda algum tempo com o rapaz que escutou toda a história. Era filho único. Seu coração reagia bem.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Desembocadura

Se ele soubesse o estrago que a bala fez, não perderia tempo pensando tantas besteira. Que grande maçada! Foi dar ouvidos ao Cosme. Aquele vagabundo não consegue nem se fuder sozinho. Tinha que levá-lo de gaiato? Tinha que aparecer logo agora que Maria deu que queria uma geladeira? Para que geladeira? Não têm nada para pôr dentro. E odeia água gelada, porque dói o dente. Mas compensava o filho que Maria sonhava em ter. Cosme desgraçado! Nos segundos entre o disparo e a completa escuridão, só conseguia pensar no que não realizou. Não deu filho para Maria. Nem geladeira. Que nome teria? Não era hora de pensar nisso. Também, se tivesse um filho, a coitada hoje ia ser mãe solteira. E feia daquele jeito, com um moleque embaixo da saia, não arrumava outro pra dar teto. Mulher, quando o homem fecha, abre o olho. E esse soldado que não parava de olhar para ele? Até parece que não matou um corno sequer na vida! Ele também seria macho com uma pistola daquela na mão. Atrás de arma, até cachorro dá por boi. Fosse estourar a testa de outro e lhe deixasse agonizar no chão quente. Assim ao menos estaria livre para pensar nas idiotices que o levaram àquela posição humilhante, travando o trânsito, viuvando Maria, sujando a rua. O que Maria ia dizer de tudo isso? Na certa ia condená-lo por não abandonar de vez a companhia do Cosme. Malandro que é malandro sabe bem a hora de se fingir de santo. Não podia ter dado essa mancada. Não agora que estava a ponto de largar tudo a aceitar aquela mão do Marinho. O Marinho no dia seguinte já estaria procurando outro. E ele ali, tendo que ser carregado para vala de indigente. Ia ser carregador, ia ser gente. Mas agora, estava ali pensado na desgraçada da Maria. Para onde a Maria ia? A mãe ficou em Minas. A louca da irmã está presa. Era um idiota. No chão, morto, enterrado sem dente inteiro, mulher sem saúde e pensão. Na certa ia fazer dó no Diabo. Diabo de malandro é malandro mole. Cosme seu infeliz! Viu o que você fez para ele? Quando se pensa demais, morrer é demorado. É hora de ele fechar os olhos, é hora de ele esquecer que Maria estava viva. É hora de ele esquecer que existiu. E o infeliz do Cosme escapando pelo muro do beco. Diabo ligeiro.

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Image Hosted by ImageShack.usLerdo vinha descendo a BR153 para deixar carne-de-sol no porto de Itajaí. Já não via a hora de chegar e dar um mergulho. Foi quando um moço de Curitiba pediu carona e começou a choramingar essa história. Ele achou bem confusa a coisa toda. O furgãozinho ainda não se acostumou com esse jeito trágico que os curitibanos vêm cultivando.

sábado, 3 de novembro de 2007

Bloga Bonito!

As alterações na cara desse blog são de responsabilidade da esfuziante Anna Flávia. Um anjo que mora lá em cima (Em Pernambuco mesmo, não no céu). Larga tudo e vem-se embora menina!

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Lerdo: "Ah! Zé(d's)... se você soubesse como esse canto do país é bom... você não chamava a moça pra São Paulo!"

Zé(d's): "Cala a boca, Furgãozinho metido a besta! Não atrapalha! Vá atrás da manteiga de garrafa que até agora você não comprou!"

Capítulo XIV: Vidas Semi-úmidas

Fabiano chegou a São Paulo carregando no ventre Vitória uma história. História cheia de comida, água e luz. Sinhá Vitória comemora a derrota do nordestino. Porque o gaúcho ainda brinca? Então é por isso que se desce o sertão? Humilha-se uma família por tão nada? Beijou a mão de um destino que não escolheu. O menino mais novo tossiu de falta de ar. O menino mais velho deu risada da puta na esquina. Então é assim que se ganha a vida no sul? Porque São Paulo é o sul do retirante. O mais frio sul possível. Fabiano quis chorar, sentiu falta da Baleia. A Baleia carregava preás na memória enquanto vivente, ele nem isso. O céu da Baleia era mais paraíso que a Praça da Sé. E a fé se foi emborando... emborando... até que emborou pra sempre... embora não fosse fé o que se buscava aqui, Fabiano dela precisava.

O Soldado Amarelo virou cinza, a fuga virou escape, a areia virou concreto, mas a vida ainda era a mesma caatinga. Fabiano quis falar, mas não falou, não era bom com palavras. Então se condena um homem ao sul mesquinho por tão pouco? Então o sul é um São Paulo sem dono? Quem vai nos pôr no lugar? O menino mais velho viu uma vaquinha colorida na calçada. Há tempos não via uma tão gorda, o sino não tocava. Moleques de sapato colorido. O menino mais novo dormia e acordava pra comer o que não se tinha. O Soldado Cinza veio expulsá-los. Sinhá Vitória estava vencida. Venceu o sul, o sal de São Paulo.

E a fuga é só mais um nome que se dá ao desespero de não se pertencer ao que te é lar por direito. O Nordeste pode ser bonito. Feio é não querê-lo, como não o quis, por alienação comprada, os fabianos, as baleias, as sinhás vitórias, os meninos velhos e novos que aportaram num sul que morre da desesperançosa esperança infundada. Dorme sob a ponte, para acordar sob o mesmo céu de garoa. Sem reclamar. Então é isso que um sertanejo vem fazer aqui? Se soubesse lá ficava. Para amar o que é meu, e dele tirar proveito. Ah, vida que só é vida nos calcanhares dos outros. De ti não se quer nem as mais repetitivas bem-aventuranças.

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Image Hosted by ImageShack.usLerdo acaba de passar pelo sertão das Alagoas. Lá descobriu um velhinho chamado Graciliano. Foi esse senhor simpático quem ditou essa história para nosso querido furgão. Pediu para que espalhássemos por aqui que o sertanejo continua retirando... Lerdo ainda não sabe, mas conheceu um santo.

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